“Alimentação é o grande problema, e as próximas leituras provavelmente trarão valores superiores. Os aumentos básicos deste ano, das commodities agrícolas e dos combustíveis, estão se espalhando pelo grupo”, explica Moreira. “Isso fica claro ao olhar para itens como ovos, leite e frango. E a alta de panificados 2,71% para 3,08% é algo novo, com 3,94% na ponta.”
Na esteira da autorização do governo para um reajuste de até 10,89% nos remédios, o coordenador estima uma alta de 1,33% para Saúde em abril. O grupo deve aprofundar a aceleração já vista na primeira quadrissemana, de 0,09% para 0,26%.
Na direção contrária, a adoção da bandeira verde de energia elétrica a partir de 15 de abril deve levar Habitação a uma taxa de 0,61% neste mês, após 0,94% na leitura mais recente e 0,81% em março. Já o gás de botijão (6,72% para 10,77%), outro item de peso no grupo, acelera a 13,92% na ponta. “Tenho minhas dúvidas se ele vai cair, mesmo com a redução de 5,6% da Petrobras. É um mercado livre”, acrescenta o coordenador.
Uma das principais responsáveis pelo avanço recente da inflação, a gasolina começa a dar sinais de alívio. Embora tenha avançado de 4,99% para 6,83% nesta leitura, o item desacelera a 6,19% na ponta. O grupo Transportes deve encerrar o mês em 1,76%, após acelerar de 1,68% para 2,11% na primeira quadrissemana.