O Bank of America, por exemplo, reduziu sua previsão de 4,8% para 4,2%, citando os problemas provocados pelo controle da covid-19. O UBS realizou corte de 5% a 4,2%, bem abaixo da meta oficial de 5,5% para 2022. O UBS diz que a China não dá sinais de relaxar nas medidas para conter a pandemia em abril, enquanto mais localidades impõem restrições à circulação, e aponta para o recuo no tráfego de fretes de caminhões na primeira metade do mês atual, o que sinaliza desaceleração na atividade. O UBS prevê crescimento de apenas 3,3% da economia chinesa no segundo trimestre, mas potencial recuperação no segundo semestre.
O DBS, por sua vez, reduziu sua previsão para o crescimento da economia chinesa neste ano de 5,3% a 4,8%. Para o banco, a reação vista nos primeiros dois meses no país não se mostra sustentável, enquanto o lockdown em Xangai prejudicará a já modesta recuperação do consumo e as vendas no varejo mostraram fraqueza em março. Além disso, o DBS vê menos espaço para o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortar mais o compulsório.
Já a Pantheon expressa em relatório certa desconfiança com os números oficiais da China. A consultoria diz que o dado oficial do PIB desta semana “parece inusualmente robusto, quando comparado com outros dados oficiais de atividade”. Ela projeta que o crescimento do país fique apenas em 2,4% ao longo de 2022.
O Barclays informa em relatório que cortou sua projeção para o PIB chinês neste ano de 4,5% a 4,3%. O banco acredita que as medidas prolongadas para conter a covid-19 provocam um impacto na atividade em Xangai e em outras áreas e calcula que isso reduzirá em 100 pontos-base a alta do PIB do país no segundo trimestre.
Na contramão da maioria, o ANZ diz que mantém “por enquanto” sua previsão de crescimento de 5,0% para o país neste ano. Segundo esse banco, a China retomará impulso por volta do fim do segundo trimestre, “caso os lockdowns nas maiores cidades sejam retirados”.
*Com informações da Dow Jones Newswires