O Estadão apurou que o ministro da Justiça, Anderson Torres, deve se reunir um dia antes com associações de classe em Brasília para tentar costurar um acordo.
Desde que o governo anunciou um pacote único para o funcionalismo, as principais entidades de policiais, delegados e peritos criminais federais passaram a criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e prometeram reagir. Os sindicatos esperavam recomposição mais ampla e tratamento diferenciado para as categorias, como já havia indicado o Planalto.
Bolsonaro sinalizou que poderia abandonar a promessa de um reajuste mais robusto para a PF e PRF se outras categorias que também reivindicam aumento não abrissem mão do pleito. Até então, o presidente vinha repetindo que os R$ 2 bilhões reservados no Orçamento para o aumento dos servidores iriam para a reestruturação das carreiras de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários.
“Tudo indica que, mais uma vez, o presidente da República não parece ter a intenção de cumprir o compromisso de enviar ao Congresso Nacional uma Medida Provisória, nesse sentido”, diz o delegado Luciano Leiro, presidente da ADPF. Foi ele quem convocou os associados a encaminharem sugestões para serem deliberadas na próxima terça. Leito prometeu aos colegas continuar em contato com sindicatos e autoridades para marcar o descontentamento com o anúncio de Bolsonaro.