No acumulado dos dois primeiros meses do ano, houve saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos, de US$ 5,407 bilhões.
O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 1,486 bilhão em fevereiro, ante US$ 1,448 bilhão em igual mês do ano passado. No acumulado do ano até fevereiro, essas despesas alcançaram US$ 4,427 bilhões.
Com a trégua na greve dos servidores do BC, a autarquia começou a atualizar esta semana as divulgações que estavam atrasadas, como as estatísticas do setor externo, publicadas hoje. Mas os dados apresentados nesta manhã ainda estão defasados. As informações de fevereiro deveriam ter sido conhecidas no final do mês passado. Nesta semana, era para ser divulgado o resultado de março.
Dívida externa
A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em fevereiro é de US$ 328,932 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2021 terminou com uma dívida de US$ 325,440 bilhões. A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 246,095 bilhões em fevereiro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 82,838 bilhões no fim do mês passado.
Viagens internacionais
A conta de viagens internacionais registrou déficit de US$ 445 milhões em fevereiro. O valor reflete a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil no período. Em fevereiro de 2021, em meio a onda mundial de contágios pela variante Ômicron do novo coronavírus, o déficit nessa conta foi de apenas US$ 28 milhões.
O desempenho da conta de viagens internacionais em fevereiro foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 805 milhões. Já o gasto dos estrangeiros em viagem ao Brasil ficou em US$ 360 milhões no mesmo mês.
No acumulado do ano até fevereiro, o saldo líquido da conta de viagens ficou negativo em US$ 714 milhões. No mesmo período do ano passado, o déficit nessa conta foi de US$ 68 milhões.