A companhia afirma que a queda se dá pela influência de efeitos extraordinários sobre o resultado do primeiro trimestre do ano passado. Em termos recorrentes, a companhia calcula que o lucro cresceu 35,9% no mesmo período.
Para o cálculo do lucro recorrente, a empresa segrega dos números do primeiro trimestre de 2021 os efeitos da venda da Orizon, da plataforma da Elo e provisões de reestruturação, entre outros – o que leva a uma diferença de R$ 105,5 milhões para o lucro consolidado.
Em termos operacionais, a companhia destaca que no primeiro trimestre deste ano, os resultados da Cateno tiveram alta, enquanto os da Cielo Brasil encolheram. Por outro lado, afirma que os resultados recorrentes da Cielo Brasil têm se beneficiado de uma melhora nos fundamentos operacionais.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia foi de R$ 711,5 milhões no período. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a alta foi de 16%, ou de 52,1% em bases recorrentes. Ante o quarto trimestre do ano passado, houve queda de 9,9%, explicada pela sazonalidade do setor de varejo.
A margem Ebitda da companhia foi de 25,8%, alta de 3,2 pontos porcentuais em um ano e de 0,6 ponto porcentual em um trimestre. A margem líquida da empresa foi de 9%, desempenho 0,7 p.p. inferior ao mesmo intervalo de 2021.
A despesa financeira da Cielo foi de R$ 83,2 milhões no período, revertendo a receita financeira líquida de R$ 34,8 milhões observada um ano antes. A adquirente atribui a reversão ao efeito do aumento da Selic sobre suas despesas financeiras.
Entre janeiro e março, os sistemas da Cielo capturaram R$ 198,354 bilhões em transações, incremento de 23,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os cartões de crédito, que são mais lucrativos, representaram 59,7% do total.
No período, a receita líquida da companhia atingiu R$ 2,762 bilhões, uma alta de 1,5% na comparação com o mesmo trimestre de 2021. Em três meses, a receita da companhia caiu 12,1%.