Em entrevista à Bloomberg TV, a dirigente ressaltou que não prevê a inflação nos Estados Unidos de volta à meta de 2% antes de 2024. Segundo ela, o arrocho monetário poderá ter que ser acelerado no segundo semestre se não houver sinais de arrefecimento dos preços. “Precisamos fazer o que for necessário para conter a inflação”, disse.
Loretta J. Mester acrescentou que a escalada nas expectativas inflacionárias torna mais difícil o processo de controle dessa tendência. De acordo com ela, alguns empresários estão preocupados que, a partir de certo ponto, já não conseguirão repassar a alta dos custos aos consumidores.
A dirigente reiterou que a taxa de desemprego poderá subir e que o Produto Interno Bruto (PIB) poderá voltar a ter contração, mas pontuou que isso seria parte inerente do combate à inflação. “Estou otimista de que há cenários econômicos positivos, mas o caminho será acidentado”, comentou, acrescentando que ainda vê “impulso positivo” na economia.
Loretta J. Mester, que vota nas reuniões do Fed este ano, também reforçou que a taxa básica de juros deverá subir além do nível neutro de cerca de 2,5%, embora ela não saiba o quanto. Atualmente, as Fed funds estão não faixa entre 0,75% e 1,00%.