“Vamos entrar em uma nova era, que demanda um grande número de antenas instaladas”, afirmou o relator do projeto, deputado Eduardo Cury (PSDB-SP). No plenário, o parlamentar acatou uma emenda da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) que determina a quem solicitar a instalação de antenas a responsabilidade pela reparação de eventuais danos causados ao meio ambiente e a terceiros em caso de retirada dos equipamentos por decisão administrativa.
Na visão do autor da proposta, deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), as novas regras vão ajudar na implementação da tecnologia 5G no País. “Esse é um dos maiores obstáculos à implantação do 5G e esta Casa vai dar sua contribuição para a competitividade e a conectividade do Brasil”, disse Lippi, numa referência à demora para se obter a licença para a instalação de antenas no País.
O presidente executivo da Conexis, Marcos Ferrari, também considerou que o projeto é um “passo importante” para a chegada do 5G no Brasil. Para ele, as regras ajudarão a solucionar gargalos em cidades que ainda têm leis de antenas desatualizadas. “Hoje, o tempo médio para o licenciamento de uma antena é de seis meses, mas em algumas cidades esse prazo chega a um ano, o que não é compatível com a nova tecnologia. Um licenciamento rápido e eficiente para a instalação de antenas é essencial para a chegada do 5G, que exige de cinco a dez vezes mais antenas que o 4G”, explicou Ferrari.
Em 5 de maio, o novo presidente da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou que a agência apoiava o PL do “silêncio positivo”. “Nós apoiamos institucionalmente o projeto que facilita e ajuda na instalação de antenas que são essenciais para plena implantação do 5G no Brasil”, disse Baigorri à imprensa após cerimônia de posse como presidente da Anatel.
O “silêncio positivo” foi previsto na Lei Geral das Antenas. Isso significa que o prazo para emissão da licença de instalação de antenas pela Prefeitura pode demorar no máximo 60 dias. Se houver silêncio até o fim desse período, a tele fica automaticamente autorizada a ligar a ERB.
Empossado novo conselheiro da Anatel, Artur Coimbra disse também, em 5 de maio, que a agência tem preocupação de disseminar a referência da legislação federal sobre antenas, e destacou o uso do “silêncio positivo” caso as autorizações não sejam feitas no prazo. “Mas o ideal é convergir com os municípios”, afirmou Coimbra, para quem será possível atingir as metas estabelecidas no edital do 5G.