Mais do que isso, o executivo aponta que as promessas de retomada das operações da Samarco em níveis pré-tragédia até 2026 é irreal – a mineradora prometeu esses números apenas em 2029. Segundo Duncombe, a Samarco não tem como acelerar seus planos de produção por questões técnicas.
Segundo os credores, seria possível acelerar os planos ao se adotar o empilhamento a seco de rejeitos, abandonando as barragens. O executivo acredita nessa solução e diz que a Samarco está realizando estudos para o novo formato, mas com um tempo maior para concretização. “Essa tecnologia está sendo estudada e certificada e vem sendo monitorado pelas autoridades. Temos essas restrições, por isso não entendo como tudo poderia ser acelerado.”
Nesta semana, os sindicatos dos trabalhadores também apresentaram uma nova proposta de plano de recuperação judicial, que muda a forma de pagamento aos credores, mas mantém o plano de retomada, alternativa melhor recebida pelo executivo. “Estamos dispostos a aceitar qualquer plano que proteja a retomada segura e sustentável”, diz. O foco de Duncombe – que afirma estar comprometido com o diálogo com os credores – é resolver essas questões judiciais nos próximos seis meses. “Estamos dispostos a fazer isso e trabalhar com boa-fé.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.