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Demissão de Coelho foi ‘intempestiva’, diz conselheiro da Petrobras

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Estadão Conteúdos

Um dos conselheiros da Petrobras eleito com voto dos acionistas minoritários disse na noite desta segunda-feira, 23, que a demissão de José Mauro Ferreira Coelho da presidência da estatal foi recebida como “intempestiva”, mas não com surpresa, visto o acúmulo recente de manifestações do presidente Jair Bolsonaro, insatisfeito com a política de preços de derivados da empresa. O conselheiro falou sob a condição de anonimato.

A fonte informou que a convocação de uma assembleia extraordinária de acionistas deverá ser formalizada na quinta-feira, 26. Assim, a assembleia capaz de ratificar a indicação poderá acontecer 30 dias depois, a partir de 26 de junho. O indicado, segundo o Ministério de Minas e Energia, será Caio Mário Paes de Andrade, hoje à frente da Secretária Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.

O conselheiro informou que os minoritários entendem se tratar de uma decisão “tomada dentro do Gabinete do Ministro da Economia” e que não se levanta suspeitas sobre o currículo de Paes de Andrade, com carreira no setor de informática. Por ora, portanto, não há costura de estratégia para obstruir ou limitar a mudança da vez.

Ele disse acreditar em diálogo com o novo indicado, sobretudo na manutenção da política de paridade de preços internacionais, ainda que em intervalos maiores de tempo, conforme vem sinalizando o Planalto.