Em evento realizado nesta segunda-feira, 20, em Toronto, no Canadá, Yellen destacou que a proposta acordada no ano passado inclui um mecanismo que reforça a sua aplicação. Segundo ela, países que adotarem o imposto mínimo poderão taxar também multinacionais baseadas em outras nações. Com isso, governos que, à princípio, refutarem a proposta, acabariam por aceitá-la ao ver que estão perdendo receitas e “suas empresas” já estão sendo taxadas, explicou a secretária.
De acordo com ela, o imposto mínimo era necessário pois a “corrida” por competitividade nas últimas décadas fez com que o nível tributário global a multinacionais caísse muito. Com isso, apenas as companhias foram beneficiadas e países deixaram de receber receitas “significativas” desta fonte, disse.
Yellen disse ainda que espera pela aprovação de uma legislação para instituir o imposto mínimo de 15% nos EUA em breve, via mecanismo de reconciliação – que permite aprovar pautas com maioria simples no Congresso americano. Ela ainda destacou que a União Europeia (UE) está “muito perto” de atingir consenso, com 26 dos 27 Estados-membros a favor da taxa.