Parte das empresas ouvidas pela Boa Vista (39%), entretanto, ainda crê em estabilidade, enquanto 26% creem em aumento da inadimplência, contra 20% no trimestre anterior e 31% no mesmo período de 2021.
“Os cenários interno e externo ajudam a explicar essa redução do otimismo em relação à inadimplência. A guerra entre Rússia e Ucrânia e o receio, quase constante, de um novo lockdown na China comprometem as cadeias de produção e também as vendas, já que os produtos chegam mais caros aos mercados. Internamente, a inflação dos bens e a taxa de juros são elevadas e isso inibe a expectativa de queda da inadimplência enquanto o cenário macroeconômico se mostrar desfavorável”, afirma Flavio Calife, economista da Boa Vista.
Faturamento
Assim como no primeiro trimestre, a maioria das empresas segue otimista em relação ao aumento do faturamento em 2022: 74% esperam crescimento, enquanto apenas 13% creem em estabilidade e outros 13%, em queda.
Os números representam, de acordo com a Boa Vista, crescimento entre os empresários otimistas em relação ao faturamento, na comparação com o segundo trimestre de 2021, quando 62% acreditavam em aumento do faturamento naquele ano.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, os números seguem semelhantes, já que no trimestre anterior eram 75% os que esperavam faturamento maior.
Investimento
A pesquisa aponta ainda que 68% dos empresários consultados pretendem aumentar os investimentos em seus negócios até o fim de 2022. No trimestre anterior, estes eram 69%, e no 2º trimestre de 2021, eram 58%.
Crédito
A pesquisa da Boa Vista apontou também estabilidade na intenção de demanda por crédito. Nesse segundo trimestre de 2022, 66% afirmam que buscarão crédito no mercado, ao passo que 34% não têm a mesma intenção. No mesmo trimestre de 2021, eram 51% os que iam buscar crédito e 49% os que não iriam.
Entre os 66% que vão solicitar crédito, 56% o farão para realizar investimentos, contra 49% no 1º trimestre de 2022. Outros 27% vão solicitar crédito para garantir o capital de giro, contra 35% no trimestre anterior. E 17% usarão o crédito para o pagamento de dívidas já assumidas – estes correspondiam a 16% no trimestre imediatamente anterior.