O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 1,990 bilhão no período, alta de 11% em relação ao segundo trimestre do ano passado e avanço de 15% em relação a março deste ano. Excluídos os efeitos não recorrentes, o Ebitda ajustado no segundo trimestre de 2022 foi de R$ 1,843 bilhão, 2% superior comparado a um ano atrás, reflexo do maior volume de vendas e dos reajustes de preços implementados nos últimos trimestres em todas as linhas de negócio, que mais do que compensaram a pressão nos custos e a valorização do real frente ao dólar no período.
A receita líquida, que atingiu R$ 5,039 bilhões entre abril e junho deste ano, foi 24% maior em um ano e 14% superior a março de 2022. O aumento anual foi resultado do maior volume de vendas e dos reajustes de preços realizados ao longo dos últimos trimestres em todas as unidades de negócios, compensando o impacto de 7% de valorização do real frente ao dólar nas exportações no mesmo período comparativo.
Na carta que acompanha os resultados, a Klabin informa que no segmento de celulose houve no trimestre a manutenção das condições de mercado observadas no início do ano. A empresa cita como exemplo a restrição da oferta global de celulose decorrente de diversos fatores, paradas programadas e interrupções inesperadas de produção, dificuldades na cadeia logística e demanda em patamares saudáveis, que deram sustentação aos novos anúncios de reajustes de preços em escala global.
“Com isso, os preços da matéria-prima seguiram em alta em todas as regiões. Na Klabin, o aumento dos preços em dólar combinado à diversificação de fibras (fibra curta, fibra longa e fluff) e à flexibilidade do mix de vendas da companhia entre geografias, levaram a uma sólida geração de caixa operacional da Unidade de Negócios Celulose, medida pelo Ebitda, que alcançou mais de R$ 1 bilhão no trimestre”, diz a empresa.
No segmento de papéis para embalagens, as vendas no mercado doméstico seguiram a acomodação observada no consumo de papelão ondulado na comparação anual. No mercado externo, o período foi marcado também pela acomodação da demanda, restabelecimento do nível de estoques dos clientes, além da alta dos custos dos produtores do hemisfério norte, principalmente relacionados à matriz energética e logística na Europa.
Neste contexto, os preços para exportação ainda permaneceram em patamar elevado no período. O preço médio de kraftliner, medido pelo FOEX Europa, alcançou US$ 998/t na média do segundo trimestre, estável em relação ao trimestre anterior e 21% superior à média de um ano atrás.