As empresas acumularam níveis recordes de dinheiro durante a pandemia e colocaram grandes quantias em contas bancárias, que em geral geram pouco ou nenhum retorno. As taxas de juros baixas significam que havia pouco motivo para mudar esse capital para os fundos de mercado monetário, uma forma de fundo mútuo que investe em títulos de dívida de curto prazo, entre eles as bills do Tesouro americano e commercial papers.
Isso, porém, está mudando, conforme o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleva os juros de forma agressiva, para conter a inflação elevada. O banco central deve nesta quarta-feira elevar os juros pela quarta vez neste ano, em 75 pontos-base, levando os fed funds à faixa entre 2,25% e 2,50%.
Em meio à campanha de elevação de juros do Fed, os retornos nos fundos monetários dobraram em junho, para uma média de 1,23%, e subiram mais para uma média semanal de 1,36% até esta segunda-feira, segundo a Crane Data, que monitora esse mercado. Os bancos, contudo, têm sido lentos para elevar os retornos, já que possuem grandes montantes e não estão buscando atrair outros.
Os ativos em fundos de mercado monetário têm aumentado nas últimas semanas, após o recuo visto mais cedo neste ano. Até a segunda-feira, havia US$ 5,018 trilhões nesses fundos, alta de US$ 30 bilhões ante o fim de junho, de acordo com a Crane Data.
Fonte: Dow Jones Newswires.