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Petróleo fecha em queda, com decisão da Opep+ e divulgação de estoques dos EUA

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Estadão Conteúdos

O petróleo fechou em queda nesta quarta-feira, em uma sessão marcada pela volatilidade. Os contratos chegaram a subir, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidir aumentar sua oferta em 100 mil barris por dia (bpd) no mês de setembro. No entanto, o movimento não se sustentou, e o óleo passou a cair, diante do aumento dos estoques da commodity e seus derivados nos EUA.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em queda de 3,98% (US$ 3,76), a US$ 90,66, por barril. Enquanto o do Brent caiu 3,74% (US$ 3,76), a US$ 96,78 por barril.

A Opep+ decidiu aumentar a sua oferta em 100 mil barris por dia (bpd) no mês de setembro, confirmando decisão antecipada pela imprensa internacional e seguindo recomendação do seu Comitê Conjunto Ministerial de Monitoramento (JMMC). O aumento desta quarta não substitui as elevações acordadas em julho, quando a Opep+ decidiu por acréscimo de 648 mil bpd na sua produção mensal para julho e agosto.

Nos EUA, os estoques de petróleo e da gasolina subiram, contrariando expectativa de queda. De acordo com Edward Moya da Oanda, os preços do petróleo caíram depois que os comerciantes de energia viram o menor aumento na história da Opep+ e a demanda por gasolina caindo nos EUA. “Parece que a Opep+ está resistindo aos pedidos para aumentar a produção porque as perspectivas de demanda de petróleo continuam sendo reduzidas. O mundo está lutando contra a atual crise global de energia e não receberá ajuda da Opep+”, destaca, em relatório enviado a clientes.

Para Noah Barrett, analista na Janus Henderson Investors, os EUA provavelmente esperavam um aumento maior da produção, especialmente após a recente viagem do presidente Joe Biden ao Oriente Médio.

“Em termos de gerenciamento geral de oferta/demanda, a decisão da OPEP é lógica. Ainda há uma grande incerteza sobre a demanda de petróleo na metade deste ano, motivada por questões em torno da demanda chinesa e do potencial para uma recessão americana ou mesmo global”, destacou Barret.

A demanda por petróleo deve continuar sua recuperação, embora em um ritmo mais lento do que no início deste ano e no ano passado, disse o secretário-geral da Opep antes de reunião da nesta quarta-feira. “Ainda estamos vendo um aumento na demanda por petróleo quando comparada com o período da pandemia da covid-19 em 2020 e 2021. Há uma recuperação pós-pandemia, e ainda estamos vendo isso, mas há uma diminuição relativa em seu ritmo”, disse Haitham al-Ghais ao canal de notícias estatal argelino.