Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em queda de 2,34% (US$ 2,12), a US$ 88,54, por barril. Enquanto o do Brent caiu 2,75% (US$ 2,66), a US$ 94,12 por barril.
Os contratos futuros do óleo chegaram a se recuperar das perdas de ontem nesta manhã, favorecidos pela fraqueza do dólar. No entanto, o movimento não se sustentou. O petróleo passou a cair após a decisão do BoE dar fôlego ao dólar ante a libra esterlina e renovar os temores de recessão.
A instituição decidiu elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 1,75%, em mais uma tentativa de combater a inflação no Reino Unido, que está no maior nível em mais de quatro décadas. Além disso, o BoE projetou que a economia britânica entrará em recessão a partir do último trimestre de 2022. A recessão, segundo o BC inglês, deverá se estender por cinco trimestres.
O economista da Oanda Edward Moya destaca que o mercado de petróleo está misto, pois a destruição da demanda é atendida com capacidade ociosa limitada. “A fraqueza contínua deve ser improvável, uma vez que o mercado de petróleo permanece apertado, mas a quebra do nível técnico chave de US$ 90 pode desencadear alguma venda de impulso”, analisa em relatório enviado a clientes. “A fraqueza do preço do petróleo deve ser limitada a partir daqui, pois os comerciantes de energia sabem que a demanda da China por petróleo pode se recuperar em breve”, pondera.