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FMI: Alemanha está no caminho para cumprir sua meta de redução no consumo de gás

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Estadão Conteúdos

O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que a Alemanha está no caminho para conseguir cumprir a meta de reduzir o consumo de gás em 15% entre agosto de 2022 e março de 2023, a fim de evitar cortes e altas nos preços. Em análise assinada por dois de seus economistas, Yushu Chen e Galen Sher, o Fundo lembra que esse foi um compromisso adotado também por outros membros da União Europeia, no contexto da guerra na Ucrânia e das sanções subsequentes contra a Rússia.

O FMI havia estimado em julho que uma paralisação completa da oferta de gás russo para a Alemanha significaria uma redução de quase 3% no Produto Interno Bruto (PIB) do país no próximo ano, além de provocar alta significativa na inflação. O efeito poderia ser ainda pior, caso o inverno fosse particularmente gelado, advertia o Fundo.

Na Alemanha, o consumo de gás já recuava cerca de 17% em maio, 8% em junho e 15% em julho, na comparação com a média dos últimos cinco anos, destaca o FMI.

Um fator para isso é o forte aumento nos preços, que levou consumidores a economizar, com grandes empresas fazendo “cortes especialmente severos”, diz o Fundo.

Há com isso custos de curto prazo, como a contração na atividade manufatureira e de serviços em julho pela primeira vez em dois anos, segundo pesquisas com gerentes de compras.

O FMI revisou em baixa projeções para o crescimento econômico da Alemanha, a 1,2% em 2022 e 0,8% em 2023, em grande medida por causa dos custos mais altos com energia.

Em 4 de agosto, o governo alemão aprovou uma tarifa temporária para encorajar a economia de gás por consumidores e também por empresas, a partir de outubro. O governo poderia inclusive compensar usuários por reduzir o consumo de gás e, eventualmente, estabelecer programas para trocar aquecedores de gás por elétricos, diz a análise do FMI.