Por meio de um encontro de contas ficou definido que o valor devido pela União à prefeitura, a título de indenização, será reduzido do saldo devedor da dívida do município com o governo federal.
Segundo o Ministério da Economia, a operação representou um pagamento pela União à prefeitura de São Paulo de um precatório, que é registrado como despesa primária pela União e uma receita primária pelo município.
Em contrapartida, o município pagou sua dívida com a União, fluxo que é contabilizado como uma receita financeira pela União e uma despesa financeira pelo município.
Como o precatório pago representa uma despesa primária da União, o acordo tem efeito sobre o resultado fiscal do Governo Central. Com isso, a previsão para o déficit primário do governo central neste ano, já incluindo esse impacto, é de R$ 59,4 bilhões. Se não fosse o acordo, seria de R$ 35,4 bilhões.
A meta de déficit para o ano é de R$ 170,4 bilhões, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem dito publicamente que o governo terá um superávit em 2023.
O impacto sobre o resultado primário do setor público consolidado, no entanto, é zero, informou a Pasta. Também não há impacto sobre a dívida bruta.