Apesar do recuo da moeda americana no exterior, que reflete ajustes após altas recentes, os mercados globais sustentam aversão a risco, reagindo a sinalizações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central Europeu (BCE) em Jackson Hole, sobre a necessidade de altas de juros agressivas nas reuniões de setembro para combater a inflação. No foco global está também o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que será divulgado na sexta-feira.
Mais cedo, o Produto Interno Bruto (PIB) dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cresceu apenas 0,3% no segundo trimestre de 2022 ante os três meses anteriores, segundo estimativa inicial divulgada pela entidade com sede em Paris nesta segunda-feira. O resultado repete o fraco desempenho do primeiro trimestre, quando o PIB da OCDE também aumentou 0,3%.
No mercado local, os investidores começam a semana avaliando o primeiro debate em tevê aberta entre os presidenciáveis, ontem à noite, e a pesquisa Focus, divulgada mais cedo pelo Banco Central, enquanto monitoram também a divulgação dos dados de crédito e do Caged e aguardam o resultado da dívida pública de julho (14h30).
A apresentação, pelo Palácio do Planalto, da PLOA para 2023, está no radar. O prazo termina na quarta-feira. Nos EUA, o foco estará hoje na vice-presidente Lael Brainard, que participa de evento às 15h15.
O relatório Focus traz hoje a segunda desacelaração seguida da mediana das estimativas para o IPCA em 2023, de 5,33% para 5,30%, acima do teto da meta. Mostrando sinais de desancoragem mais ampla, a mediana para o IPCA de 2024 continuou em 3,41%, contra 3,30% há um mês.
Às 9h43, o dólar à vista caía 0,24%, a R$ 5,0662. O dólar para setembro tinha viés de baixa de 0,03%, a R$ 5,0685.