“O recuo dos preços da gasolina, pelo segundo mês consecutivo, é fruto da combinação de dois fatores principais: a redução do ICMS e do PIS/Cofins pelos Estados e a queda do valor do combustível para as refinarias pela Petrobras, decorrente da política de paridade de preços com o valor do petróleo no mercado global”, analisa José Ortigosa, presidente de Benefícios e Frota da ValeCard.
Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 25 de agosto com o cartão de abastecimento da ValeCard em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que os Estados brasileiros que registraram as maiores quedas foram Piauí (-16,37%), Rio Grande do Norte (-14,86%), Sergipe (-14,46%), Maranhão (-14,46%) e Pernambuco (-14,39%). Nenhum estado apresentou alta nos preços, mas as quedas mais tímidas foram verificadas em Paraná (-7,25%), Roraima (-7,47%) e Santa Catarina (-8,01%).
Etanol só é vantajoso em Mato Grosso
Em agosto, o preço médio do etanol no País foi de R$ 4,020, o que representa uma queda de 8,78% em relação ao mês anterior, quando o valor médio era de R$ 4,407.
Com a queda mais acentuada no preço da gasolina, porém, o etanol manteve-se pouco atrativo, em quase todos os Estados, para se abastecer o veículo. Assim como o ocorrido em julho, no mês de agosto essa opção só valeu a pena, em termos de custo, para abastecimento no Estado de Mato Grosso.
O método utilizado nesta análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina.
Entre as capitais, o valor médio do combustível em agosto foi de R$ 5,604, o que representa uma queda de 11,1% em relação ao mês anterior. Campo Grande (R$ 5,208), Goiânia (R$ 5,244) e Porto Alegre (R$ 5,317) foram as capitais com preços mais baixos no mês. Já os maiores valores médios foram encontrados em Boa Vista (R$ 6,627), Belém (R$ 6,266) e Recife (R$ 5,859).