Segundo a agência, a perspectiva econômica tem piorado, por causa de condições financeiras globais mais apertadas e de choques nos preços de energia e de commodities, após a invasão da Rússia na Ucrânia.
Na avaliação da Moody’s, as condições globais monetária e financeira seguirão “razoavelmente restritivas ao longo de 2023”, nas palavras de Madhavi Bokil, vice-presidente sênior da agência.
Segundo ele, os bancos centrais exigirão “prova decisiva de que a alta inflação não representa mais uma ameaça” a seus objetivos de política, antes de relaxar a política monetária.
Apenas para as economias avançadas do G20, a Moody’s projeta crescimento de 2,1% em 2022 e 1,1% em 2023.
Para os países emergentes desse grupo, espera avanço de 3,3% em 2022 e de 3,8% em 2023. Embora a perspectiva global seja “decididamente negativa”, dados de alta frequência apontam para uma estabilização nascente, após surpresas negativas causadas pela volatilidade “intensa” no mercado financeiro no primeiro semestre deste ano, diz a agência.
Ela comenta ainda que as expectativas de inflação continuam ancoradas no médio prazo, enquanto os mercados de trabalho permanecem apertados nas economias avançadas.