Na terça-feira, 30, a empresa anunciou a negociação de sua sede, um prédio histórico no centro do Rio, com o Sebrae-RJ, por R$ 85,3 milhões. Horas mais tarde, informou um acordo que permitirá a venda de sua participação no Casashopping, shopping center voltado ao ramo de decoração, que renderá mais R$ 100 milhões. O IRB detém 20% do empreendimento.
Em paralelo, no primeiro semestre, os acionistas autorizaram o IRB a aumentar seu capital em até R$ 1,2 bilhão, quantia que serve como teto para a captação com a oferta de ações que está na praça. A oferta deve ser fechada hoje, com a participação dos dois maiores acionistas do IRB, Itaú e Bradesco.
A resseguradora já fez várias chamadas de capital nos últimos anos, em virtude de escândalos envolvendo sua antiga administração. Além disso, a IRB levou um “pito” público de Warren Buffett. O megainvestidor americano desmentiu que seria sócio do negócio, como a própria IRB havia anunciado.
A corrida para vender novas ações e também ativos é parte do plano apresentado à Superintendência de Seguros Privados (Susep) para reenquadrar o balanço. Em junho, o IRB precisava de R$ 729 milhões para cobrir as exigências da Susep. Para analistas, as vendas de ativos não serão suficientes. “Vemos os dois movimentos (de venda de ativos) como positivos, mas o IRB continua com uma significativa insuficiência de capital” comentou o analista Gabriel Gusan, do Citi, em relatório enviado a clientes.
O prazo para a regularização do capital termina em 31 de outubro. Se não regularizar a situação, o IRB pode ser submetido a um regime especial de direção fiscal por parte da Susep, que indicaria um diretor fiscal para supervisioná-lo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.