A ITP é uma figura regulatória criada pelo BC para permitir que instituições não financeiras possam iniciar pagamentos. A iniciação de pagamentos é uma ferramenta da terceira fase do Open Finance que possibilita, por exemplo, pagamentos em lojas online com apenas um clique, sem precisar entrar no aplicativo do banco ou usar cartão de crédito. Também é possível fazer um Pix de um banco a partir do aplicativo de outro que seja um iniciador de pagamentos, como começou a oferecer o BB hoje.
Esse recurso, lançado pelo BC em outubro de 2021, torna o fluxo de pagamentos contínuo, mais rápido e fácil para os clientes. Até o momento, contudo, o BC só disponibilizou o serviço para operações do Pix, mas o plano é contemplar outras formas de pagamento no futuro. Nesse contexto, a Quanto vai ser um “‘mensageiro’ que dispara os comandos para transações, sempre cumprindo todas as regras de segurança e com supervisão do Banco Central”. O serviço, porém, ainda não está operacional. Há testes sendo desenvolvidos com empresas interessadas, de fintechs aos maiores bancos.
“Destravamos em tempo recorde uma licença muito desejada no mercado e seguimos na vanguarda, abrindo caminho para novos entrantes e desbravando as possibilidades de uso do ITP no Pix e no Open Finance”, diz o CEO e fundador da Quanto, Ricardo Taveira, que destaca o trabalho da empresa como especialista em Open Finance.
Taveira acrescenta que a novidade complementa as soluções de compartilhamento e inteligência de dados para Open Finance da empresa, que ajuda instituições financeiras a transformar o potencial desse ecossistema em resultados de negócios, como uma decisão assertiva de concessão de crédito ou melhorando a experiência multibanco para os usuários.
Na avaliação da empresa, a autorização de iniciador de pagamentos abre a possibilidade aos seus clientes de desenvolverem produtos, como cobrança e renegociação de empréstimos, o que permite à Quanto criar valor dentro do ciclo de concessão de crédito, por exemplo. “Estamos desenvolvendo soluções para dados que tornem o ecossistema mais competitivo”, destaca Taveira.