No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 142,80 ienes, o euro caía a US$ 0,9906 e a libra tinha leve alta a US$ 1,1521, enquanto o índice DXY avançava 0,35%, a 110,214 pontos.
O DXY, que operava em baixa na madrugada, foi impulsionado pela desvalorização do euro, enquanto investidores monitoram as sinalizações para a decisão de política monetária do BCE, na próxima quinta-feira. A maioria do mercado espera uma alta de 75 pontos-base, mas analistas não descartam uma segunda elevação consecutiva de meio ponto porcentual, à medida que a interrupção no fornecimento de gás russo aumenta as incertezas sobre a atividade. O dirigente Mario Centeno afirmou nesta terça que um aperto lento de juros deve ser suficiente para retornar a inflação à meta de 2%. Já Yannis Stournaras disse que espera um arrefecimento na escalada inflacionária.
Mais tarde, a divisa americana bateu máximas, chegando a operar em 110,553 – maior nível desde maio de 2002, após o PMI de serviços do ISM nos EUA avançar de 56,7 em julho a 56,9 em agosto, quando o mercado previa recuo a 55,5. “Os dados aumentaram as expectativas para outro aumento de 75 pontos-base pelo Federal Reserve (Fed) em sua próxima reunião em 20-21 de setembro”, escreveu o analista da CMC Markets, Michael Hewson. O monitoramento do CME Group mostra, nesta tarde, um aumento a 74,0% na chance de uma alta de 75 pontos-base, em 21 de setembro. Já a possibilidade de uma alta de 50 pontos-base está em 26,0%. Na sexta-feira, elas eram, respectivamente, 57,0% a 43,0%.
A libra, por sua vez, se fortaleceu após a Bloomberg noticiar que Liz Truss, que assume como primeira-ministra do Reino Unido nesta terça-feira, tem planos de congelar os preços de energia para as famílias britânicas. Já o iene atingiu o menor nível em 24 anos na comparação com o dólar, à medida que o movimento global de aperto de juros aprofunda a divergência com a política monetária ultra-acomodatícia do Banco do Japão (BoJ).