“A indústria estava sofrendo nas últimas três ou quatro décadas com juro muito alto, impostos e encargos trabalhistas excessivos, custo Brasil. Baixamos em 35% o IPI e vamos levar para zero e reindustrializar o Brasil. Estamos muito comprometidos com essa pauta”, afirmou, em palestra na #ABX22 – Automotive Business Experience.
O ministro reafirmou ainda que o Brasil vai fazer a transição da economia cinza para a economia verde mais por ter energia mais barata. “E nós vamos retirar os impostos sobre a indústria e vamos avançar na desoneração trabalhista. É muito fácil tributar eletricidade e combustíveis, porque é fácil de coletar, mas isso destrói a competitividade da indústria”, avaliou. “O grande momento do Brasil é agora, porque vamos ter oportunidades logísticas e de geopolítica, e vamos dar um choque da energia barata”, completou.
Em tom de campanha, Guedes ainda voltou a criticar governos anteriores do PT. “Governo atrapalhou o avanço da economia, o Estado cresceu muito e gastou mal. Na verdade corromperam a democracia e estagnaram a economia. Então estamos mudando o eixo do investimento público para o investimento privado”, repetiu.
O ministro voltou a aventar a criação de um “fundo de reconstrução nacional” com recursos levantados com a venda de ações de estatais ou de empresas privadas detidas pelo BNDES. “Por que Estado brasileiro tem que ter ações de grandes empresas privadas e estatais? Vende esses recursos e faz uma hidrelétrica em Roraima. Também temos que usar esses recursos para erradicar a pobreza”, reafirmou.
Indústria forte
O ministro disse que o governo estuda programas de “depreciação acelerada” para as empresas que investirem na transição energética e em inovações tecnológicas.
“Está investindo em inovações? Não precisa pagar imposto agora, prefiro investimento. Vamos fazer esquemas de depreciação acelerada. O IPI vamos levar a zero. Como pode haver indústria forte se existe um imposto contra produtos industriais?. Isso é uma excrescência feita em governos passados”, questionou.
Guedes repetiu que o Brasil já tem a energia renovável mais barata do mundo vai produzir a energia do futuro, com a produção de hidrogênio verde. “Se tirar os impostos, temos a energia mais barata do mundo. Vamos construir de dez a 50 Itaipus no Nordeste com usinas eólicas, aproveitando o vento contínuo e unidirecional. Vamos dobrar nossa capacidade eólica nos próximos cinco anos”, reafirmou.