O índice DXY, que compara o dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, baixou 0,14%, a 109,658 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 143,17 ienes, o euro apreciava a US$ 0,9975 e a libra subia a US$ 1,1537.
Prejudicado pelo diferencial de juros entre Japão e outras economias desenvolvidas, como EUA, zona do euro e Reino Unido, o iene recentemente bateu seu menor nível ante o dólar em 24 anos e já acumula queda de mais de 20% no acumulado de 2022. Preocupado com o movimento da moeda, o BoJ e o governo do Japão consideram a opção de intervir na taxa cambial, como disse o ministro das Finanças japonês, Shunichi Suzuki. Ele ainda afirmou que uma eventual intervenção seria feita de forma ágil.
Ainda que o iene tenha se fortalecido diante das notícias, é “questionável, na melhor das hipóteses, a eficácia dos planos em face de um diferencial de juros cada vez maior”, pondera a Capital Economics. “As intervenções têm um histórico irregular e não foram muito eficazes na última vez em que foram tentadas durante a crise financeira asiática (em 1997). O volume de negócios do iene no mercado cambial triplicou desde então. Evidências acadêmicas sugerem menor sucesso se as intervenções forem contra a tendência do mercado, o que seria o caso aqui”, resume a consultoria.
Além disso, o rali do dólar após a leitura do CPI americano de agosto perdeu fôlego hoje, diz o analista Joe Manimbo, da Convera. A divisa americana aprofundou sua queda mais cedo, após o PPI dos EUA para este mês mostrar uma leve deflação esperada em relação a julho.
Saiu também dado de inflação ao consumidor do Reino Unido, que desacelerou a 9,9% na comparação anual de agosto.
O ING espera aceleração do CPI britânico nos próximos meses, a um pico de 11%. Na semana que vem ocorre a próxima reunião do Banco da Inglaterra (BoE), que deve marcar um novo aumento de juros no Reino Unido. O ING projeta mais uma alta de 50 pontos-base, mas alerta que um ajuste de 75 pontos-base, como fez o Banco Central Europeu (BCE), não pode ser descartado.