Por volta das 6h35 (de Brasília), o índice acionário pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,70%, a 404,21 pontos.
A falta de apetite por risco na Europa vem após o Fed, como o BC americano é conhecido, elevar seus juros em 75 pontos-base pela terceira vez consecutiva ontem, como se previa, e sinalizar que as taxas vão continuar subindo para conter a inflação persistente nos EUA. O Fed também elevou suas projeções de inflação, ao mesmo tempo que cortou as de crescimento.
A postura “hawkish” (favorável à retirada de estímulos) do Fed deflagrou uma nova rodada de perdas entre as bolsas de Nova York ontem.
Com o Fed para trás, investidores vão se voltar agora para o Banco da Inglaterra (BoE), que, segundo analistas, deverá aumentar sua principal taxa de juros em mais 50 pontos-base, embora alguns deles não descartem uma elevação de 75 pontos-base, à medida que a inflação britânica permanece no maior nível em cerca de quatro décadas. O anúncio do BoE será às 8h (de Brasília).
Mais cedo, o BC da Suíça ajustou seu juro básico de -0,25% para 0,50%, também para combater a inflação no país, que chegou ao maior patamar em três décadas.
No Japão, por outro lado, o BoJ deixou hoje sua política ultra-acomodatícia inalterada, embora a inflação doméstica também esteja acelerando.
Segue no radar também a decisão da Rússia, ontem, de convocar 300 mil reservistas para intensificar os esforços de guerra na Ucrânia. No Twitter, o Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell, disse que o bloco irá impor “medidas restritivas adicionais” a Moscou “o mais rápido possível”.
Às 6h51 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,33%, a de Frankfurt recuava 0,59% e a de Paris cedia 0,77%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,02%, 0,36% e 1,14%, respectivamente. No mesmo horário, os índices futuros das bolsas de Nova York operavam sem direção única e perto da estabilidade, ensaiando recuperação de perdas de mais cedo.
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*Com informações da Dow Jones Newswires