Os investidores voltam a reforçar posições cambiais de olho ainda nas alianças e propostas econômicas e fiscais de Lula (PT) e Bolsonaro (PL) na disputa presidencial interna. Também estão analisando, agora, o resultado da produção industrial brasileira, que caiu 0,6% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, menos que a mediana negativa projetada de 0,7%, segundo o Projeções Broadcast.
No radar estão principalmente indicadores americanos de atividade e de empregos no setor privado do país e o anúncio de um corte na produção de petróleo pela Opep+, em reunião que começa às 9h30 na Áustria. Segundo o Financial Times, os Emirados Árabes Unidos devem apoiar a proposta de Arábia Saudita e Rússia de cortar a produção do cartel em 1 milhão a 2 milhões de barris por dia (bpd).
O petróleo está volátil e retoma ligeiras altas, após intercalar sinais positivos e negativos mais cedo. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, sustenta alta, acima dos 110 pontos desde cedo, depois de acumular perdas por cinco sessões consecutivas.
A moeda americana se recupera também ante divisas emergentes, à medida que o euro e a libra são pressionadas pelos fracos PMIs da zona do euro, Alemanha e Reino Unido, que reforçam temores de recessão na região. No Reino Unido, a primeira-ministra Liz Truss voltou a defender hoje seus planos fiscais, com os argumentos de que o crescimento do país não tem sido suficientemente forte e que os cortes de impostos que propôs ajudarão os britânicos a enfrentar a crise econômica global.
Em discurso durante evento do Partido Conservador britânico, na cidade inglesa de Birmingham, Truss afirmou que suas prioridades são “crescimento, crescimento e crescimento”. “Não permitirei que a coalizão anticrescimento nos segure”, acrescentou, referindo-se a críticos de sua política fiscal.
Às 9h29, o dólar à vista subia 0,74%, a R$ 5,2060. O dólar para novembro ganhava 0,60%, a R$ 5,2380.