“O memorando avalia quanto nossos padrões estão alinhados à OCDE”, disse Nogueira, durante entrevista coletiva para falar sobre o atual estágio do processo de acessão do Brasil à OCDE.
A coletiva ocorreu no Palácio do Planalto e ao lado dele estavam os ministros da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Carlos França; e da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos.
Ciro Nogueira disse, inclusive, que Guedes é o “melhor ministro da Economia do mundo”.
O momento, conforme o ministro, demonstra a direção que o País escolheu seguir no cenário internacional.
Ele enfatizou que a aproximação da OCDE não é ideologia. “Queremos o aprimoramento do Brasil.”
‘Portal’
Guedes ilustrou que o passo dado na direção da acessão do Brasil à OCDE é como um “portal que se abre na hora certa para o País atravessar”. Segundo ele, o processo da OCDE mostra que, ao contrário do que dizem, o Brasil nunca foi tão respeitado lá fora. “A etapa concluída agora é importantíssima para acessão à OCDE”, considerou.
De acordo com Guedes, o Brasil está nesse processo bem à frente os demais candidatos. Também tentam uma vaga na Organização o Peru, a Argentina, a Croácia, a Romênia e a Bulgária.
O ministro aproveitou o momento para repetir números positivos da economia, como a geração de empregos, e fazer comparações com outros países, concluindo que o Brasil está muito melhor do que muitas nações, inclusive desenvolvidas. “O acesso à OCDE chega na hora em que Brasil decola”, enfatizou.
Assim como o ministro França, Guedes também disse que o Brasil é um país-chave para padrões na área de meio ambiente, além de ser uma potência energética e alimentar. “Mais que alimentos, temos energias renováveis”, enfatizou, comentando que, quando o Brasil for aprovado pela Organização, fará parte do grupo de economias mais avançadas do mundo.
No momento, de acordo com ele, o nosso continente está “desmanchando” e o Brasil tem sido visto como um porto seguro para investimentos. Ele também voltou a falar da importância do Brasil nesse processo de nearshoring, que é o de trazer as cadeias produtivas mais para próximo das sedes das companhias.
Não há dúvidas para Guedes de que os países avançados estão reavaliando as suas relações com o Brasil. Ele voltou a dizer que o País será o único a fazer parte do grupo das 20 maiores economias do globo (G20), dos Brics e da OCDE. “Quem sabe num futuro próximo o Brasil também possa estar no conselho de segurança da ONU?”, perguntou.
O ministro disse estar otimista com o processo da OCDE e acreditar que a entidade vai concluir que o trabalho desenvolvido no Brasil de aproximação dos padrões internacionais “está consistente”. “Acreditamos que tempo de acessão, que levaria de dois a cinco anos, será substancialmente encurtado”, previu.