Lagarde destacou a inflação “elevada em nível indesejado” e reforçou a postura do BCE de cumprir sua meta de levá-la à meta de 2%. Para ela, ainda, a Europa não está em recessão, observando-se os dados atuais. Já ao olhar o quadro global, ela vê “uma série de más notícias”, mas também algumas boas. Como exemplo de preocupação, ela citou a desaceleração na China, afetada pela política de zero covid de Pequim.
Em outro momento, Lagarde defendeu a “cooperação entre políticas monetárias e fiscal”. Segundo ela, “temos visto bons e maus exemplos” disso. O Reino Unido tem estado em foco, após os planos fiscais do novo governo serem mal recebidos pelo mercado e levarem o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) a intervir no mercado de bônus britânicos (gilts) para evitar “disfunções”. Para Lagarde, a política fiscal deve ter foco nos mais vulneráveis. Ela não tratou, porém, diretamente do caso do Reino Unido.
A presidente do banco central ainda disse que a discussão sobre um eventual aperto quantitativo (QT, na sigla em inglês) já começou no BCE e que ela deve prosseguir.