A receita operacional líquida do trimestre foi de R$ 10,377 bilhões, queda de 11% em base anual de comparação. No acumulado do ano, a receita da companhia alcançou 29,732 bilhões, alta de 1%.
O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) Caixa ajustado teve crescimento de 28% no trimestre, alcançando R$ 2,5 bilhões. Considerando o período de janeiro a setembro, o Ebitda da companhia foi de R$ 7,2 bilhões, aumento de 39% frente igual etapa do ano passado.
De acordo com a empresa, o desempenho foi impulsionado pelo avanço dos projetos em Renováveis e pela boa performance das distribuidoras. O terceiro trimestre marcou o iniciou a operação comercial do complexo eólico Oitis, entre o Piauí e a Bahia; e também da usina solar Luzia, na Paraíba. Além disso, no período, a Neoenergia registrou maior geração no complexo eólico Chafariz, que está em operação plena desde o ano passado.
No terceiro trimestre, a energia eólica e solar gerada foi de 1.434 gigawatts-hora (GWh), 91,69% acima do mesmo período no ano anterior. No acumulado dos nove meses, a geração foi de 2.861 GWh, 84% acima do mesmo período no ano passado. A disponibilidade no trimestre foi acima de 97%, conforme programado.
Anteriormente, a Neoenergia já tinha informado que a energia total injetada atingiu 18.458 GWh no terceiro trimestre de 2022, queda de 2,31% em relação ao mesmo período do ano passado, influenciada pelas condições climáticas nas regiões de concessão, com temperatura mais amenas e maior volume de chuva.
As concessionárias encerraram o terceiro trimestre com 15,9 milhões de consumidores ativos, um aumento de 294 mil em comparação com o mesmo período do ano passado.
A companhia informou que os indicadores de perda seguem em trajetória de queda em quatro das cinco distribuidoras, em comparação ao segundo trimestre deste ano. A Neoenergia reiterou que segue em busca dos patamares regulatórios. A Neoenergia Brasília registrou porcentual de 12,18%, o que representa o sétimo trimestre consecutivo de reduções no indicador. Neoenergia Elektro e Neoenergia Cosern seguem enquadradas no limite regulatório. Já a taxa de arrecadação consolidada no terceiro trimestre foi de 99,20%.
Em nota, a companhia comentou que o lucro também foi influenciado pelo reconhecimento de R$ 678 milhões decorrente da incorporação da Bahia PCH III pela Neoenergia Brasília, tendo como consequência a transferência do controle societário direto da Neoenergia Brasília para a Neoenergia S.A.
Investimentos
De janeiro a setembro deste ano, a Neoenergia realizou investimentos que somaram R$ 7,1 bilhões, 12% mais em relação ao mesmo período em 2021. Os recursos foram destinados à expansão dos projetos em Renováveis, empreendimentos de transmissão e melhorias e ampliação das redes nas cinco distribuidoras.
Foram aplicados R$ 1,5 bilhão nos negócios renováveis, no acumulado dos nove meses do ano, sendo R$ 354 milhões no trimestre. A companhia encerrou o terceiro trimestre de 2022 com 44 parques eólicos e dois parques solares em operação e em construção. Os ativos eólicos em operação totalizam 1.163 MW de capacidade instalada.
A expectativa é que a companhia alcance 1,6 GW nos próximos meses, dos quais 51% estarão destinados ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e 49% ao Ambiente de Contratação Livre (ACL), alinhado com a estratégia de posicionamento na liberalização do mercado de energia brasileiro.
Em redes, a Neoenergia destinou investimentos de R$ 4 bilhões em nove meses, nas cinco distribuidoras – Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP e MS) e Neoenergia Brasília (DF). Desse total, R$ 2,4 bilhões foi destinado à expansão de redes.