A companhia teve uma deterioração das margens de lucro, impactada pela inflação acumulada no ano, bem como uma contribuição menor das receitas financeiras.
O Ebit (lucro antes dos juros e impostos) encolheu 23,8% na mesma base de comparação anual, indo a R$ 88,781 milhões. A companhia não divulgou seu Ebitda.
A receita líquida recuou 5,7%, para R$ 280,646 milhões. Já a margem bruta encolheu 11,2 pontos porcentuais, chegando ao patamar de 39,3%.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou positivo em R$ 29,685 milhões, porém 31,6% menor na mesma base de comparação anual.
As despesas comerciais ficaram estáveis em R$ 22,407 milhões, enquanto as despesas gerais e administrativas aumentaram 13,2%, chegando a R$ 33,149 milhões.
A linha de equivalência patrimonial (que apura projetos feitos com parceiros) gerou uma receita 54,2% maior, de R$ 32,655 milhões.
Em sua apresentação de resultados, a Eztec explicou que a queda na margem bruta já era esperada, uma vez que os contratos de recebíveis de vendas de imóveis são corrigidos com um delay de dois meses em relação ao INCC.
A companhia explicou ainda que sua cesta de insumos está 34% acima do INCC, pois trabalha com empreendimentos de grande porte em que há maior participação de aço, cimento e alumínio. Essas commodities viram o preço disparar nos últimos trimestres.
A direção anunciou ainda que a pressão nas margens deve persistir, ao menos, pelo futuro próximo. Isso porque ainda vê uma demanda “bastante expressiva” por insumos de construção em São Paulo, o que tem mantido os custos aquecidos.
A margem bruta dos resultados a apropriar foi para 37,2% no terceiro trimestre, indicando essa tendência de baixa.
A Eztec reportou queima de caixa de R$ 196,966 milhões. Isso de deu, principalmente, por conta de aquisição de Cepacs (R$ 44 milhões) e compra de terrenos (R$ 87 milhões), além de recompra de ações (R$ 2,5 milhões). A incorporadora chegou ao fim do terceiro trimestre com caixa líquido de R$ 411,952 milhões.