Outra dificuldade, ao lado da política monetária, é como formular e calibrar uma política fiscal responsável em um ambiente de pressões persistentes sobre os preços, avalia. “Embora a prioridade deva ser proteger as famílias vulneráveis com medidas direcionadas para aliviar o impacto do aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, não se deve fazer isso de forma a alimentar ainda mais a inflação e desviar os esforços da política monetária”, apontou Georgieva.
Arriscar os encargos da dívida pública é outro desafio, aponta. Dados recentes mostram que cerca de 60% dos países de baixa renda e cerca de 25% dos mercados emergentes estão em alto risco de sobreendividamento, indicou. “Nesta conjuntura, todos os ministros das Finanças procuram uma política fiscal afinada para garantir o apoio adequado aos vulneráveis, preservando ao mesmo tempo um quadro fiscal credível e um perfil de dívida sustentável a médio prazo”, afirmou a diretora.
Georgieva apontou ainda o “desafio mais assustador do nosso tempo”, que afirmou ser a necessidade de uma transição verde e o fomento de um planeta resiliente visando as mudanças climáticas.