Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 0,92%, a US$ 1.735,80 por onça-troy.
“O vento contrário para o ouro está sendo gerado, acima de tudo, pelo aumento acentuado dos rendimentos dos Treasuries”, aponta o Commerzbank.
Os juros de dez anos estão agora em 1,54%, seu nível mais alto em três meses, sendo que ainda estavam cerca de 20 pontos base mais baixos apenas uma semana atrás, lembra o banco alemão. Como as expectativas de inflação baseadas no mercado aumentaram apenas marginalmente ao mesmo tempo, “o aumento dos juros levou a rendimentos reais visivelmente mais elevados”, analisa, levando o ouro a ficar menos atraente que os títulos, conclui.
Para a Capital Economics, os retornos dos Treasuries devem avançar ainda mais ao longo dos próximos dois anos.
Em relatório, ela argumenta que um fator importante para isso é que os juros dos bônus “já pareciam insustentavelmente baixos, diante da perspectiva econômica de médio para longo prazo”.
Assim, a consultoria projeta que o juro da T-note de 10 anos estará em 2,5% no fim de 2023, bem acima da faixa atual, mas ainda bem inferior aos padrões históricos, diz.