O almoço, promovido pelo chanceler brasileiro, ministro Carlos França, era uma homenagem a Santiago Cafiero, ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da Argentina.
Segundo a agenda, o evento se daria entre 13 horas e 14 horas desta sexta-feira no Palácio Itamaraty, na mesma Esplanada dos Ministérios, de onde Guedes ingressou no ambiente virtual do evento do Itaú.
Embora não tenha participado do almoço, Guedes terá uma reunião às 17 horas, na sede do Ministério da Economia, com França, o chanceler argentino, e o ministro de Desenvolvimento Produtivo da Argentina, Matías Kulfas.
“Se depois desse almoço eles ainda quiserem vir (ao ministério), conversaremos”, disse o ministro da Economia, emendando que certamente sua declaração teria repercussão na imprensa.
A equipe econômica quer que o Mercosul reduza a TEC para ampliar sua inserção no comércio global e também conseguir acordos com outros blocos e países.
Para o ministro, trata-se de uma “modernização” do bloco.
A Argentina, que convive com uma grave crise financeira, é o principal foco de resistência. Como uma decisão requer consenso, basta isso para que a medida acabe travada.
Guedes defende que seja aprovado um “waiver”, ou seja, uma espécie de concessão para a Argentina ficar de fora do acordo de redução das tarifas externas. “Não podemos nos mover na velocidade do mais lento”, disse o ministro. “Com regra de consenso, nós fomos ‘ao inferno’ juntos.”
Para ele, o atual desenho do Mercosul é “ruim para todos”. “Uma plataforma que deveria nos integrar ao resto do mundo virou uma prisão”, disse.
Sobre a reunião de mais tarde, Guedes adiantou que também pretende conversar com os argentinos sobre a “Vaca Muerta”, uma jazida de petróleo e gás convencional no sudoeste do país. O Brasil e a Argentina discutem a construção de um gasoduto para escoar a produção dessas áreas.