No oitavo mês, o desempenho do varejo ampliado (-2,5%) decepcionou as expectativas, conforme o indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em meio à inflação alta, assim como o comportamento da indústria (-0,7%) ficou aquém do esperado diante dos problemas na cadeia de suprimentos global.
Por outro lado, o volume de serviços prestados ficou um pouco acima do esperado (0,5%) em meio ao avanço da vacinação contra a covid-19 e ao processo de reabertura da economia.
De julho para agosto, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 139,44 pontos para 139,23 pontos na série dessazonalizada. Este é o menor patamar desde junho deste ano (139,12 pontos).
A alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre queda de 0,99% e avanço de 0,25%, mas um pouco abaixo da mediana negativa de 0,10%.
Na comparação entre os meses de agosto de 2021 e agosto de 2020, houve crescimento de 4,74% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 141,93 pontos em agosto, o melhor desempenho para o mês desde 2018 (143,36 pontos).
O indicador de agosto de 2021 ante o mesmo mês de 2020 mostrou desempenho dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam crescimento entre 3,20% e 5,90% (mediana de alta de 4,90%).
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2021 é de crescimento de 4,7%. Esta estimativa foi atualizada no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), no mês passado.
No último Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC, a projeção é de crescimento de 5,04% do PIB em 2021. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.