Com a Cornershop, o prazo de entrega é reduzido para o máximo de 90 minutos, com garantia de acesso às mesmas condições de preço das 26 lojas físicas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. “Reduzimos em 70% o tempo de entrega para os mais de 5 mil produtos disponibilizados na plataforma nos dois maiores municípios do País, praticando o mesmo preço da loja física”, diz Christophe Auger, também diretor geral da C&C.
A parceria busca atender as necessidades de última hora do cliente, partindo do sortimento das lojas, sem passar pelos Centros de Distribuição. “Os shoppers (entregadores que pegam as compras dos consumidores na loja) foram treinados para escolher os produtos”, diz Auger. A capacitação foi necessária para garantir que esses entregadores prestem atenção a especificações técnicas dos produtos como a corrente elétrica ou tensão de determinados dispositivos, bem como lembrar de testar lâmpadas antes de colocá-las na sacola.
Para Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail e especialista em varejo, esse movimento dos aplicativos de delivery ao buscar novas categorias de produtos está relacionado a tentativas de aumentar a frequência de compra dos clientes. “No fundo, tudo está ligado a formas de ativar a base de clientes, aumentar a recorrência, extrair mais valor do consumidor, capturar mais dados e escalar modelos de negócio que depois terão múltiplas formas de gerar receita, inclusive com serviços”, explica.
Alta de vendas
Segundo Roffe, a C&C acumulou de janeiro a setembro uma alta de cerca de 30% nas vendas em relação ao mesmo período de 2020. Espera-se que a empresa feche o ano com alta de 25%. O maior pico de vendas da história da companhia aconteceu em outubro do ano passado.
Depois de um longo período do varejo de construção aquecido pelos efeitos da pandemia, o diretor acredita que o setor verá uma nova alta no meio de 2022, quando deve haver grande quantidade de entrega de imóveis que hoje estão em obras.