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Abinee: Cai o número de fábricas com dificuldade de aquisição de semicondutores

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Estadão Conteúdos

A crise de abastecimento continua dando sinais de distensão na indústria de aparelhos eletroeletrônicos, onde a dificuldade das fábricas para encontrar semicondutores no mercado internacional persiste, porém em número menor de empresas.

Segundo a última sondagem da Abinee, associação que representa o setor, 59% das associadas que dependem do insumo tiveram dificuldades na compra do componente no mês passado. Ainda que seja alto, o porcentual ficou bem abaixo do apurado na pesquisa de agosto (70%) e é o menor desde julho de 2021.

A disponibilidade de insumos vem melhorando com a normalização do transporte marítimo após a reabertura dos portos de Xangai – cujo fechamento por dois meses, em razão da política chinesa de covid zero, gerou caos logístico – e a desaceleração da economia global.

A Abinee ressalta, contudo, que, apesar da melhora, a situação ainda não voltou ao normal e continua afetando a produção da indústria de aparelhos eletrônicos, como celulares, notebooks e tevês. No mês passado, mais da metade das fábricas (51%) teve atrasos ou, em menor número (7%), até mesmo paradas de parte da produção por falta de componentes eletrônicos no mercado.

Ainda assim, uma em cada quatro fábricas de aparelhos eletrônicos tinha no mês passado estoques de componentes e matérias-primas acima do normal. O número é explicado pelo aumento de produção nesta época do ano para abastecimento do varejo antes das vendas de Black Friday e Natal, dois dos principais eventos comerciais do ano.

A sondagem da Abinee revela também um relaxamento nos custos das empresas. O total de associadas que relataram pressões de custos em energia, água e impostos, entre outros, caiu para 23%, o menor porcentual em dois anos. Já os relatos de pressões acima do normal nos custos de componentes foram feitos por 50% das empresas consultadas, bem abaixo das mais de 90% de meados de 2021.