“A demanda global de gás deve aumentar em um total de 140 bilhões de metros cúbicos (bcm) entre 2021 e 2025, menos da metade da quantidade prevista anteriormente e menor que o aumento de 170 bcm visto apenas em 2021”, diz o texto. “Os preços recordes de gás estão deprimindo a demanda e fazendo com que alguns usuários de gás mudem para carvão e petróleo, enquanto os recentes cortes acentuados nos fluxos de gás russo para a Europa estão levantando alarmes sobre a oferta antes do inverno”, completa.
De acordo com o documento, a turbulência está prejudicando a reputação do gás natural como uma fonte de energia confiável e acessível, “lançando dúvidas sobre o papel que se esperava que desempenhasse em ajudar as economias em desenvolvimento a atender à crescente demanda de energia e à transição de combustíveis mais intensivos em carbono”.
O relatório traz ainda que a região Ásia-Pacífico deverá responder por metade do crescimento esperado na demanda global de gás até 2025. Já as exportações russas de gás de gasoduto para a União Europeia (UE) cairão mais de 55% entre 2021 e 2025. “O compromisso da União Europeia de eliminar gradualmente as importações de gás da Rússia – historicamente, seu maior fornecedor – está tendo repercussões globais, já que a crescente demanda da Europa por GNL atrai entregas inicialmente destinadas a outras regiões”, ressalta.