“Sou um homem de diálogo e por isso estou na política. Tenho convicção das minhas escolhas. E minhas ações são pautadas na luta do povo brasileiro. Mas sou também um homem de partido, por isso, seguirei a orientação da bancada e votarei contrário à PEC 23”, disse Figueiredo em publicação hoje no Twitter.
A decisão do parlamentar vem após reunião na noite de segunda-feira entre deputados do PDT que votaram a favor da PEC, na qual decidiram mudar de posição e votar contra a proposta. Na primeira votação, 15 dos 24 representantes da sigla foram a favor do texto.
O apoio massivo do partido à matéria levou Ciro Gomes a suspender a candidatura à Presidência da República pelo partido, enquanto a sigla não mudasse a posição sobre a proposta. O presidente nacional do partido, Carlos Lupi, declarou que os votos favoráveis “maculam” a imagem do partido como oposição e trabalhou para reverter a posição.
No primeiro turno, Figueiredo e outros três pedetistas da bancada do Ceará – formada por cinco deputados – foram favoráveis ao texto. O episódio acentuou a crise envolvendo o partido e Ciro e expôs a fragilidade na liderança política do ex-ministro, que não conseguiu evitar votos a favor da PEC nem mesmo dentro do seu reduto eleitoral, o Ceará, estado que governou.