Barkin explicou que o juro básico (atualmente entre 0,75% e 1,00%) ainda está distante da taxa neutra, que os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) estima estar entre 2% e 3%. “Uma vez que chegarmos na faixa da taxa neutra, podemos determinar se a inflação permanece em um nível que nos obriga a colocar freios na economia ou não”, avaliou.
O dirigente ressaltou que a demanda doméstica nos Estados Unidos está forte e deve permanecer “robusta” por um tempo indeterminado.
Segundo ele, o quadro é alimentado pelos firmes balanços de empresas e famílias, além da necessidade de repor os estoques e o grande volume de dinheiro de governos estaduais. Isso em um momento de gargalos nas cadeias produtivas globais. “Como resultado, as pressões de preços estão em todo lugar”, comentou.
Barkin reconheceu que o Fed dispõe de instrumentos limitados para controlar repiques de curto prazo nos preços, mas pode agir no médio prazo.
O líder da distrital de Richmond do Fed ressaltou que o aumento dos custos de empréstimos deve afetar investimentos e gastos em áreas como imóveis e carros.
De acordo com ele, a instituição fará tudo o que for necessário para conter a escalada inflacionária. “Tudo isso levará um pouco de tempo, mas não se engane, estamos no caminho”, assegurou.