Com os dois cortes anteriores, a decisão de hoje reverte a maior parte do drástico ajuste de alta da taxa anunciado no fim de fevereiro, de 9,5% para 20%, na esteira da invasão da Ucrânia pela Rússia e das subsequentes sanções que o Ocidente impôs a Moscou.
Na ocasião, o aumento da taxa tinha o objetivo de sustentar o rublo, que se enfraqueceu rapidamente ante o dólar, e limitar a inflação à medida que as importações encareceram. Desde então, porém, o rublo se recuperou, beneficiado por um salto na receita em moeda estrangeira de exportações de petróleo e gás, cujos preços aumentaram em função do conflito.
Em comunicado, o BC russo diz que “a pressão inflacionária diminuiu com a dinâmica da taxa de câmbio do rublo” e apontou “notável declínio nas expectativas de inflação de famílias e empresas”.
Por outro lado, o BC da Rússia ressaltou que as condições externas para a economia doméstica seguem “desafiadoras, limitando a atividade econômica consideravelmente”.
O BC russo deixou a aberta a possibilidade de “significativa redução” do juro básico em seus próximos encontros. A autoridade monetária voltará a se reunir no dia 10 de junho. Com informações da Dow Jones Newswires.