O corte foi mais contundente que o previsto pela maioria dos analistas consultados pela agência Reuters, que esperava ajuste de 50 pontos-base.
Em comunicado, a autoridade monetária afirmou que o índice de preços ao consumidor mensal permanece baixo no país, o que contribui para a desaceleração da taxa anual de inflação. O movimento é atribuído à demanda contida de consumidores, além de fatores pontuais. “O ambiente externo para a economia russa continua desafiador e continua a restringir significativamente a atividade econômica”, analisa.
A taxa anual de inflação na Rússia caiu de 17,1% em maio a 15,9% em junho. Pelas estimativas do BC, o indicador deve desacelerar à faixa entre 12% e 15% este ano, antes de cair ao nível entre 5% e 7% em 2023 e retornar à meta de 4% em 2024.
Nesse cenário, a instituição sinaliza que avaliará a necessidade de novos cortes de juros ao longo do segundo semestre, com base nas dinâmicas de expectativas de inflação e evoluções na economia.