“Com nossas medidas, estamos enviando uma mensagem clara para empresas, funcionários e investidores: a inflação voltará à nossa meta de 2% no médio prazo”, escreveu Lagarde. Ela, no entanto, voltou a ressaltar o caráter flexível da política monetária por conta do alto grau de incerteza na Europa, que enfrenta as consequências da guerra na Ucrânia sobre os preços, em especial no setor energia e de produtos agrícolas.
Segundo a dirigente, a escalada inflacionária atual na zona do euro se dá, em grande parte, por fatores fora do controle do BCE. No entanto, o BC comum pode “garantir que a inflação não fique elevada no longo prazo”, o que ocorreria em caso de desancoragem das expectativas de preços, o que poderia provocar uma “espiral de alta” nos salários.
Por fim, Lagarde reiterou que o recém-criado Instrumento de Proteção à Transmissão (TPI, na sigla em inglês) “vai manter a consistência da política monetária” em todos os 19 países da zona do euro e “ajudar a manter os preços estáveis no médio prazo”.