“Hoje, tenho o prazer de anunciar que, após meses de negociações difíceis e ponderadas, acho que temos, sei que temos um plano econômico histórico”, declarou o chefe da Casa Branca em um pronunciamento na residência oficial do governo norte-americano.
Sem dar detalhes, Biden disse que voltará a abordar o assunto quando voltar de sua viagem à Europa. O presidente embarca nesta quinta em direção ao Velho Continente para participar da COP-26, a conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), e da Cúpula do G-20.
“Ninguém conseguiu tudo o que queria, incluindo eu. Isso é se comprometer”, disse Biden, em referência às negociações entre as alas “moderada” e “progressista” do Partido Democrata.
Segundo Biden, os gastos sociais, ambientais e na área infraestrutura, os três pilares de sua agenda econômica, permitirão aos EUA “competir na economia do século 21”.
“Não se trata de esquerda versus direita ou moderados versus conservadores. É sobre liderar o mundo ou deixar o mundo passar por nós”, reforçou o presidente. “Compromisso e consenso são a única maneira de fazer grandes coisas em uma democracia.”
Mais cedo, a Casa Branca publicou uma versão revisada do pacote social e ambiental, com uma redução do montante de US$ 3,5 trilhões para US$ 1,75 trilhão. O enxugamento dos gastos previstos na legislação foi uma exigência de democratas centristas, mas desagradou a ala progressista da legenda, ligada à esquerda.
Dentre os pontos do projeto estão: garantir dois anos de pré-escola gratuita para todas as crianças de 3 e 4 anos; expandir o acesso a casas de repouso para idosos e pessoas com deficiência; medidas para reduzir emissões de gases de efeito estufa; expandir a cobertura de seguro-saúde; e reduzir custos para a classe média.
De acordo com Biden, os gastos são fiscalmente responsáveis e não aumentam o déficit público do país. Para financiar a legislação, que ainda precisa ser aprovada no Congresso, o democrata propõe, entre outras medidas, a implementação de um imposto corporativo mínimo de 15%.