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Bolsas da Europa caem majoritariamente, pressionadas por inflação e juros

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Estadão Conteúdos

As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa na manhã desta sexta-feira, 16, ampliando perdas acumuladas durante a maior parte da semana, em meio a temores persistentes sobre a inflação alta e a perspectiva de mais elevações de juros.

Por volta das 7h30 (de Brasília), o índice acionário pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 0,93%, a 410,92 pontos.

Mais cedo, a Eurostat confirmou que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro acelerou para o patamar recorde de 9,1% em agosto, mantendo a pressão para que o Banco Central Europeu (BCE) continue elevando juros de forma agressiva.

A preocupação mais imediata, no entanto, é com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que na próxima quarta-feira (21) deverá elevar juros em 75 pontos-base pela terceira vez consecutiva, segundo expectativas do mercado, também para conter pressões inflacionárias nos EUA.

O cenário de aperto monetário alimenta preocupações sobre a desaceleração econômica. Ontem, o Banco Mundial alertou sobre uma possível recessão global em 2023 e ponderou que os aumentos de juros poderão não ser suficientes para reduzir a inflação de volta a níveis anteriores à pandemia de covid-19.

No Reino Unido, o varejo decepcionou com queda maior do que se previa nas vendas de agosto, e a libra atingiu seu menor nível em 37 anos, também num contexto de valorização do dólar antes do esperado novo aumento de juros pelo Fed.

Às 7h43 (de Brasília), a Bolsa de Frankfurt caía 1,32%, a de Paris recuava 1,07% e a de Milão cedia 0,77%, enquanto as de Madri e Lisboa tinham perdas de 0,82% e 0,39%, respectivamente. Exceção, a de Londres subia 0,19% em meio à fraqueza da libra, que tende a favorecer ações de exportadoras.

*Com informações da Dow Jones Newswires