Um relatório divulgado nesta quinta pela consultoria Capital Economics informa que a queda maior do que o esperado no índice de sentimento econômico da Comissão Europeia em julho se soma a uma lista crescente de indicadores fracos, e traz o risco de uma recessão no continente.
Recessão também que é discutida nos Estados Unidos, e que consequentemente afeta os mercados globais, com a informação de que o PIB dos EUA mostrou contração de 0,9% no segundo trimestre um dia após o Fed, banco central americano, elevar novamente a taxa básica de juros no país.
Para o presidente americano Joe Biden, “não é surpresa que a economia esteja desacelerando à medida que o Fed age para reduzir a inflação”, ressaltou, em comunicado.
Ainda que preocupe do ponto de vista econômico, o fraco desempenho da atividade nos EUA fez com que o mercado moderasse sua perspectiva de aumento de juros pelo Fed, dando fôlego às bolsas globais. Na manhã de hoje, o CME Group calculava cerca de 80% de chance de que o Fed opte por desacelerar o aumento dos juros em setembro, para alta de 50 pontos-base.
Em Londres, o índice FTSE 100 terminou em baixa de 0,04% aos 7.345,25 pontos. Balanços da Shell, que informou um ganho ajustado recorde, foi sentido no pregão com as ações fechando em alta de 0,31%. Já as da Anglo American subiram 2,50% após a mineradora superar expectativas de lucro e Ebitda. A maior cervejaria do mundo, a AB InBev teve queda no lucro e sua ação fechou em baixa de 4,09% em Bruxelas.
O índice Ibex 35, da Bolsa de Madri fechou em baixa de 0,49% aos 8.084,90 pontos. Destaque para a divulgação do balanço do Santander, que ampliou os ganhos, mas suas provisões para empréstimos inadimplentes deram um salto, levando a ação do banco espanhol a ceder 2,39%.
Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,88% para 13.282,11 pontos. Já em Paris, o CAC 40 terminou em alta de 1,30%, aos 6.339,21 pontos, na máxima diária, bem como o índice FTSE MIB de Milão, que subiu 2,10%, aos 21.932,06 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,72%, para 6.160,72 pontos.