Por volta das 12h50 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 1,50%, a 421,33 pontos.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,1% em agosto ante julho, enquanto o núcleo avançou 0,6%, de acordo com dados do Departamento do Trabalho Americano. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast previam queda de 0,1% para o dado cheio e avanço de 0,3% para o núcleo.
Após a divulgação dos números, o mercado financeiro passou a precificar uma ainda minoritária possibilidade de elevação de 100 pontos-base nos juros do Fed na semana que vem. Na marcação, a ferramenta de monitoramento do CME Group indicava 16% de chance de elevação nessa magnitude e 84% de probabilidade de alta de 75 pontos-base.
O economista Angelo Polydoro, ASA Investments, considera mais provável uma elevação de 0,75 ponto porcentual, mas avalia que o dado de hoje pode alongar o ciclo de aperto monetário. “A inflação de hoje coloca risco de que o Fed suba mais os juros”, afirma.
Os ajustes nas apostas após o CPI travaram o rali que vinha se ensaiando nas bolsas globais nas últimas sessões. Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 1,17%, a 7.385,86 pontos. Já o CAC 40, referência em Paris, perdeu 1,39%, a 6.245,69 pontos.
Em Frankfurt, o DAX recuou 1,59%, 13.188,95 pontos. Por lá, repercutiu ainda a divulgação do índice de expectatativas econômicas da Alemanha, que cedeu -55,3 pontos em agosto para -61,9 pontos em setembro, de acordo com pesquisa do instituto ZEW. Para a Capital Economics, o resultado é mais uma evidência de que a maior economia da Europa já está em território de contração. Já a leitura final do CPI alemão mostrou aceleração de 7,9% em agosto, na base anual, e avanço de 0,3%, na comparação mensal.
Em Milão, o FTSE MIB perdeu 1,36%, a 22.303,86 pontos. Entre as praças ibéricas, o PSI 20, de Lisboa, baixou 0,91%, a 6.025,52 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, recuou 1,50%, a 8.071,70 pontos, na leitura preliminar.