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Bolsas da Europa fecham em queda, com indicadores fracos e crise energética

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Estadão Conteúdos

As bolsas europeias fecharam em queda nesta quarta-feira, pressionadas por indicadores macroeconômicos cujas leituras vieram abaixo do esperado e puseram dúvidas sobre a recuperação da economia do Velho Continente. A cautela também foi alimentada pelo agravamento da crise energética local.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 1,03%, aos 451,33 pontos.

Na bolsa de Londres, o FTSE 100 teve baixa de 1,15%, aos 6.995,87 pontos, enquanto o parisiense CAC 40 recuou 1,26%, aos 6.493,12 pontos.

Entre os dados divulgados nesta quarta, as vendas no varejo da zona do euro avançaram 0,3% entre julho e agosto deste ano, abaixo da estimativa de alta de 0,8% para o período. No mesmo intervalo, as encomendas à indústria alemã despencaram 7,7%, pesando sobre o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, que caiu 1,46%, aos 14.973,33 pontos.

Na avaliação do Commerzbank, o setor automotivo é o que mais pesa sobre a manufatura da principal economia europeia, à medida que a demanda de países fora da zona do euro tiveram queda “particularmente brusca”, segundo o banco alemão.

“Embora a tendência nas encomendas da maioria dos outros setores continue apontando para cima, a manufatura provavelmente continuará a ser um obstáculo para a recuperação da economia alemã”, completa a instituição, em relatório a clientes.

No panorama de investidores, a crise energética na Europa mostrou sinais de que está se agravando, após o preço do gás natural bater recorde nesta quarta-feira. A União Europeia (UE) pediu a seus Estados-membros para liberar recursos para subsidiar o consumo de energia de consumidores e pequenas empresas mais afetadas no bloco.

Segundo a Capital Economics, os preços do gás natural europeu chegaram a níveis “insustentavelmente altos”, e devem permanecer em patamar historicamente elevado pelos próximos seis meses.

Depois, eles devem começar a baixar, segundo estima a consultoria, diante de moderação da demanda e do aumento da oferta diante dos altos preços atuais.

Entre outros índices acionários da Europa, o FTSE MIB, de Milão, caiu 1,35%, aos 25.605,73 pontos, o madrilenho IBEX 35 recuou 1,71%, aos 8.775,00 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, teve baixa de 1,33%, aos 5.460,27 pontos.