O índice Dow Jones fechou em alta de 0,97%, aos 32.845,13 pontos, o S&P 500 avançou 1,42%, aos 4.130,29 pontos, e o Nasdaq subiu 1,88%, aos 12.390,69 pontos. No mês, os ganhos foram de 6,73%, 9,11% e 12,35%, respectivamente.
Antes das bolsas em Wall Street abrirem, os índices futuros já indicavam ganhos em meio a saltos de Apple e Amazon, após as companhias terem relatado resultados trimestrais que agradaram o mercado na noite de ontem. A fabricante do iPhone teve lucro líquido de mais de 19 bilhões, enquanto as vendas da gigante varejista cresceram a US$ 121,2 bilhões, e as ações das companhias terminaram o dia em alta de 3,28% e 10,36%, respectivamente.
Chevron (+8,65%) e ExxonMobil (+4,74%) também divulgaram balanços e conduziram os fortes ganhos do setor de energia, cujo subíndice do S&P 500 foi o que mais subiu hoje.
A alta acima do previsto do núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de junho moderou o bom humor, mas de forma momentânea, já que a renda pessoal e os gastos com consumo também subiram no mês. Já o índice de sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan avançou mais que o esperado em julho, dando mais fôlego às bolsas.
De acordo com o analista Edward Moya, da Oanda, o mercado acionário também se beneficiou da visão de que o Federal Reserve (Fed) vai moderar o ritmo de aperto monetário em breve. Esta leitura teve origem após retórica considerada dovish do presidente do BC, Jerome Powell, e ganhou força após o segundo trimestre seguido de contração do Produto Interno Bruto (PIB) americano.
O cálculo do CME Group mostra desde ontem mais de 70% de chance de alta de 50 pontos-base dos Fed funds em setembro, que representaria uma desaceleração após os dois aumentos de 75 pontos-base em junho e julho.
Para a Capital Economics, contudo, essa expectativa do mercado parece prematura, já que as pressões sobre os preços não dão sinais de arrefecer. A casa destaca, em específico, o índice de custo de emprego, que subiu 1,3% do segundo trimestre, acima do esperado, sugerindo alta salarial persistente nos EUA.