Notícias

Notícias

Bolsas de Nova York fecham em baixa, com cautela antes de payroll e Fed no radar

Por
Estadão Conteúdos

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quinta-feira, com atenção à postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e expectativa pela publicação na sexta-feira do payroll (dado de emprego) dos Estados Unidos em setembro. Uma série de dirigentes da autoridade defendeu ao longo da sessão a necessidade de manter uma postura agressiva para tentar conter as pressões inflacionárias.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,15%, em 29.926,94 pontos, o S&P 500 caiu 1,02%, a 3.744,52 pontos, e o Nasdaq recuou 0,68%, a 11.073,31 pontos.

Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, as ações digeriram outra rodada de discursos agressivos do Fed. O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou nesta quinta que o BC ainda está “distante” de uma “pausa” no aperto monetário, pois há “pouca evidência” de que a inflação tenha chegado ao pico. Já a dirigente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, reafirmou que os EUA estão em um ambiente em que a inflação está “inaceitavelmente alta”.

“Parece que Wall Street já está antecipando os dados de inflação da próxima semana. Economistas não esperam uma queda significativa nas pressões de preços, mas muitos traders acham que um relatório legal pode acontecer e isso forçará o Fed a mudar de tom”, avalia Moya. As mensagens do Fed têm sido consistentes e provavelmente permanecerão assim após o payroll, afirma o analista. “O aumento das taxas e as apostas de corte provavelmente terão oscilações significativas após o relatório de inflação da próxima quinta-feira”, antecipa.

A maioria dos setores tiveram quedas, com alguns destaques, como a IBM, que recuou 2,79%. O preço-alvo por ação foi reduzido de US$ 155,00 para US$ 152,00 pelo Morgan Stanley. Outras quedas de destaque foram Twitter (-3,66%) e Tesla (-1,13%), enquanto notícias sobre o prosseguimento das negociações por um acordo de compra pelo bilionário Elon Musk prosseguiram.

Por outro lado, seguindo ainda as repercussões da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) e a alta recente do barril, ações do setor subiram. Chevron (+1,78%), ExxonMobil (+2,92%) e Occidental Petroleum (+4,07%) avançaram.